Tempo livre de forma útil
- Story of my life Blog
- 13 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
O voluntariado sempre foi um conceito presente na minha vida, desde cedo na posição de quem dele beneficia e a partir da adolescência a exercê-lo com outros também. Um dos meus grandes sonhos é poder um dia fazê-lo também fora do país.
Contudo, o importante é quando podemos ajudar alguém, algum animal ou até o planeta, que o façamos de coração. E há sempre alguém bem perto de nós que pode estar a precisar de algum tipo de ajuda, basta andar atento!
No Lar da Santa Cruz sempre nos foram incutidos bons valores (eu acho!) um dos quais ajudar o próximo, a devolver à sociedade o bem que nos fazem. E ao fazê-lo também nos sentimos bem portanto é “uma pescadinha de rabo na boca”.
O primeiro voluntariado que fiz foi com o C.A.S.A - Centro de Apoio aos Sem-Abrigo no Porto, com outras colegas de casa e técnicas do lar. Ajudei a confecionar as refeições que mais tarde íamos distribuir pelos sem-abrigo. Era uma quarta-feira de verão, à noite, as pessoas já sabiam que naquele lugar podiam usufruir de uma refeição quentinha e completa. Não foi algo fácil de gerir, não estava habituada a ter contacto de perto, com pessoas nesta situação, fiquei muito emocionada por ver que há pessoas que vivem naquelas condições, que passam frio, fome e que tudo o que possuem na vida cabe numa velha mochila. Deram-me uma grande lição de vida nessa noite. Fez-me valorizar mais a minha sorte por ter onde dormir, por ter comida quente todos os dias, por ter uma casa e amigos.
Fiz voluntariado na Associação MIDAS - associação de proteção para animais e essa embora fosse uma outra realidade, foi igualmente difícil. A parte divertida era que depois de limparmos as celas dos animais e de os escovarmos podíamos brincar com eles e aquilo acaba por ser uma diversão. Apaixonei-me por dois cães pretos que lá viviam, eram velhotes e eram irmãos, ficava sempre imenso tempo a brincar com eles e a dar-lhes carinho, custava-me imenso ir embora, mas sabia que na semana seguinte estaria lá de novo.
Fiz, também, voluntariado num campo de férias de um infantário, uma pequena angariação de fundos para o IPO e ainda na REFOOD – senhora da hora, etc, todos de forma mais pontual, mas também contaram muito para o meu desenvolvimento pessoal. Estas iniciativas do Lar são sempre as que gosto mais, abrem horizontes, desenvolvem a empatia e promovem a cidadania.
Ah, depois há as voluntárias que trabalham no lar, que são preciosas pois sem elas não teríamos explicações de várias disciplinas e ajuda extra nos estudos, eu que o diga que tenho 2 anjos da guarda que me ajudam nas matemáticas incansavelmente.
Deixo um pequeno recado para quem estiver a pensar iniciar um voluntariado, pensem bem se têm disponibilidade para tal e assumam o compromisso até ao fim seja 1 ano ou 2 dias. É muito mau criarmos uma relação de simpatia com alguém que iniciou um trabalho connosco e depois desaparece porque se fartou do voluntariado. Sim, isto acontece e às vezes faz com quem pensemos: «não tenho valor nenhum… todos me abandonam...»

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