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Regras são Regras!

  • Foto do escritor: Story of my life Blog
    Story of my life Blog
  • 6 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Em todas as casas há regras, bem… na minha há um pouquinho mais. Somos 15, se uma casa como esta não as tivesse seria “o faroeste”, conseguem imaginar?

Tantas jovens, cada uma com os seus problemas e feitios, não é fácil de gerir e é aí que as regras entram, para nos educar, organizar e formar.


Muitas vezes apetece-me dar um berro porque, já com 23 anos, existem regras que eu acho que já não se aplicam a mim, algo com que tenho trabalhado com as técnicas da instituição que sempre se mostram disponíveis a ouvir as minhas sugestões e sobretudo as inquietações. Contudo, muitas vezes sinto-me frustrada por não ter a mesma vida liberta que os outros jovens da minha idade têm, de não ter as chaves de casa, não poder pôr a música muito alta ou mudar de planos só com cinco minutos de antecedência.


Bem, aqui as regras também se adaptam às idades e ao grau de responsabilidade de cada uma. Eu tenho mais liberdade que uma menina mais nova ou com problemas de comportamento. São rígidas mas evoluem connosco, as exeções às regras são conquistadas por nós.

Por exemplo, posso sair à noite, dormir em casa de amigas e ir a festas, desde que cumpra as horas de chegada estipuladas. Eu até vivi na ilha da Madeira durante quatro meses sozinha num estágio (depois conto como foi!). Mas sem uma boa base de confiança nada isto é possível, tal como nas casas das famílias, acho eu!


A imposição de regras e limites é fundamental para podermos saber até onde podemos ir, sentindo-nos mais confiantes e seguras. Dá-nos estabilidade, constância e previsibilidade. Muitas vezes a estrutura imposta exteriormente ajuda a estruturar-nos por dentro. Mas claro que nem todas o entendem assim, eu própria demorei anos a perceber esse valor. Das maiores “críticas” que ouvirão dos adolescentes em qualquer casa de acolhimento é que «..há muitas regras… é uma prisão...». Eu também já o disse, hoje sei que quem se preocupa e quer o melhor para nós, impõe regras e dá castigos (ui, mas isso era uma outra conversa).


Para além de tudo as regras ajudam-nos a desenvolver as nossas condutas como pessoas e a forma como nos desenvolvemos ética e socialmente. Prepara-nos para o mundo das leis e das normas do mundo real. E neste lar temos a sorte de participar muitas vezes na discussão e negociação de algumas regras, mas este será sempre o tema de maior discórdia entre jovens do acolhimento pois na sua maioria vêm de realidades sem qualquer regra (e prometo que é a última vez que repito a palavra regra…).

Já agora deixo uma que a nossa diretora técnica diz sempre, a nós e aos familiares das meninas - cumpram SEMPRE aquilo que prometem (seja um doce, um telefonema, uma sanção ou uma visita por exemplo).



 
 
 

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