Ainda não foi desta…

​Tive um ano cheio de desafios e conquistas e tudo isto no meio de uma pandemia. O blogue foi sem dúvida um fortíssimo ponto positivo e a recta final do curso, ser finalista, foi outro muito importante. Para quem me segue desde o início sabe do compromisso que assumi estabelecendo como prioridade licenciar-me e continuar os estudos especializando-me. Mas hoje soube que chumbei à única disciplina que me falta para alcançar a meta da licenciatura. A desilusão que senti foi tão avassaladora que nem vou tentar descrevê-la.

​Ainda não estou em mim desde que soube a nota, oito. Tudo o que planeei e sonhei pareceu desmoronar-se no segundo que vi aquele número tão redondo. Confesso que já chorei, claro que já chorei! Sim, passei já por coisas muito piores e de certo a vida reserva-me ainda tantos outros desafios mas por agora vou “curtir esta neura” até me recompor para voltar a lutar. Desistir não faz parte dos meus planos mas hoje sinto-me sem forças.

​Todos os que me rodeiam têm feito tudo para me alegrar e motivar, e serei para sempre grata pela dedicação e preocupação que demonstram. Talvez a minha auto-estima não aguentasse se não tivesse esta rede de suporte. Sermos rejeitadas pelos “nossos” (família biológica) causa danos profundos no nosso auto-conceito e faz-nos pensar que não prestamos para nada, e por isso estes precalços/desilusões são perigosos pois levam-nos de volta para esse lugar escuro do nosso inconsciente

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​Não era este o texto que queria escrever hoje, tinha já até algumas frases em rascunho para “o texto do fim do curso”, mas que balde de àgua fria levei. Bem, prometo tirar daqui uma boa lição de vida e transformar este dia numa nova aprendizagem, prometo, mas hoje não. Hoje fica só este desabafo...